sábado, 23 de março de 2013

Nova Canção ♪♫

É com grande emoção que retorno neste cantinho para deixar com carinho mais um vídeo... Espero que esta canção abençoe sua vida do mesmo modo que abençoou a minha e que toque ao seu coração na mesma intensidade, ou até mais, que tocou em mim enquanto o louvava e a cada dia que a ouço! Que Deus, em Cristo Jesus, o abençoe! 



                                                                                                                                               Até a próxima ;)

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Enfim... Abrindo o Coração



Eu grito “I”, eu grito “Nal” no fim ainda falo “Post Inaugural”... To alegre, to feliz por isto canto assim: “E dou-lhe uma, dou-lhe duas e até três... Saindo três sorrisos de uma vez!” 





       Sempre amei ler... Todos nós quando jovens temos aquela fase que nos espelhamos em alguém famoso desejando ser igual. A leitura veio em minha vida bem antes da música, confesso. Quando criança meu primeiro livro foi “Meu pé de laranja lima” de José Mauro Vasconcelos, que logo me deixou apaixonada. Aquele livro me conquistou de uma forma tão intensa que me recordo de ter pegado um velho caderninho com algumas folhas em branco perdidas no meio de outras rabiscadas e começado a escrever meu próprio livro. Até havia agradecido José Mauro por ser minha fonte de inspiração... Quanta inocência a minha (risos).
Tempos depois eu, após uma breve leitura ao que narrei, desisti, enfim, de escrever... Cheguei à conclusão que era muito burra desprovida desta capacidade, mesmo me sentindo criativa. Contraditório isto? Talvez... Era como se soubesse criar, mas não descrevia tão bem quanto imaginava. Hoje, ainda escrevo por um motivo básico: meu escritor favorito, já não é mais o grande José Mauro, esse ficou em segundo lugar quando cedi seu espaço ao escritor Wesley Carlos. Este sim é minha fonte de inspiração, amo o que ele escreve... Até um simples “Bom Dia” ele torna mais lindo e olha que sorte a minha? (risos) Ele é meu melhor amigo, o meu irmão. Foi ele que fez este cantinho para mim, que elaborou cada detalhe. É ele que faz que eu me sinta capaz de conquistar o mundo. Obrigada, maninho, por acreditar em mim, por me incentivar, por me mostrar que com Deus à frente os meus sonhos pode se tornar a minha mais incrível realidade.

Bom, você deve estar se perguntando: e a música? (risos) Vejamos:
Quando eu completei quinze anos, minha mãe resolveu sair da igreja que frequentávamos e frequentar outra. Nossa! Aquela decisão fez-me tratar aquele dia como o pior já existido na minha vida: havia sido obrigada a deixar a igreja de meu namorado (atualmente meu esposo), meus amigos, enfim... Havia sido obrigada a abandonar tudo que eu mais amava.
Demorei bastante tempo para me adaptar na nova igreja até o momento que me ajuntei a duas jovens, as cantoras Vanuza e Dheinne. Era duas jovens bonitas e que, além da beleza, cantavam admiravelmente bem; sempre que as ouvia arrepios eram gerados em mim.
Certa noite, em um culto de jovens, o pastor dirigente daquela igreja perguntou olhando em direção ao departamento jovem: “E agora? Quem irá vir aqui a frente cantar?” Calada estava, calada permaneci! Estava confiante de que ninguém me cederia à oportunidade, até porque, eu não sabia cantar.
Neste dia, eu estava sentada entre as duas jovens cantoras, Vanuza e Dheinne, onde a da direita me perguntou: “Você canta?” enquanto respondia que não passando muita firmeza Vanuza interrompe e afirma para a outra “Hoje ela irá cantar...” Nossa! Estremeci diante daquela afirmação, ela havia dito tão alto e tão confiante que grande parte da igreja deve ter ouvido e ou acreditado. Foi quando revelei: “Pelo amor de Deus, eu não sei cantar, não me dê oportunidade, eu vou desmaiar...”, porém de nada parecia adiantar meu desespero minhas súplicas.
Novamente o pastor pergunta quem iria cantar e, após isto, as duas loucas, em conjunto, começaram a apontar os indicadores por cima de minha cabeça e eu embaixo do dedo delas me remexia e me contorcia de um lado ao outro tentando fugir da direção deles, mas de nada adiantou. O pastor vendo a indicação das jovens chamou-me pelo nome e, pronto: estremeci!
De certo, eu poderia ter rejeitado a oportunidade e não ter ido a frente cantar, bom eu poderia... Contudo, Vanuza e Dheinne fizeram o favor de me empurrar à força que cheguei ao púlpito da igreja em menos de dez segundos. Peguei o microfone tremendo muito, até quem estivesse no último banco da igreja perceberia minha tremura, olhei para todos, todos olhando para mim... Fiquei lá parada por cerca de uns quatro minutos (ou mais) até que as doidas jovens iniciaram um hino que estava nas paradas de sucesso da época: “Mestre” da delicada Eyshila. Agora imaginem se eu não soubesse canta-lo? Nossa! (risos) Ficaria lá imóvel até o louvor terminar, mas por sorte eu sabia.
Aspirei o ar profundamente de olhos fechados e fui o liberando lentamente, em seguida comecei acompanhando metricamente a canção e quando chegou ao refrão já estava me sentindo tão livre que, mesmo de olhos abertos, já não via mais ninguém a minha frente; parecia ter me transportado para outro universo e até arranjos na voz durante o louvor já fazia. E, enfim, o hino terminara... Foi tão magnífico, e elas lá sentadas no banco me olhando e aplaudindo bem baixo e lentamente. Parecia que estava em casa, me sentia extremamente feliz, minha vontade era de retornar lá à frente e de cantar mais e mais. Vanuza e Dheinne me ensinaram tantas coisas e eu, como toda aluna dedicada, sempre querendo aprender mais e mais.
Tempos depois minha mãe me avisa que voltaríamos, ainda naquela semana, para nossa igreja primordial. Triste, fiquei feliz: iria retornar para perto de meus amigos, do meu noivo (neste meio tempo já havia noivado) mais e minhas cantoras? Fui chorando em direção a elas e me abraçando me disseram: “Vai! Vai e mostre para eles a nova Camila... Mostre a eles sua voz, seu espírito adorador, sua essência! Mostre tudo que aprendeu e compartilhe!”
E eu fui (...)
Demorou muitos meses até que eu pudesse novamente cantar em público, em casa o chuveiro já me ouvia em demasia. Demorou porque ninguém imaginava que havia começado a louvar. Mais em um dia, em um culto público, tivemos a notícia que a solista oficial do conjunto havia se mudado e não tinha ninguém no grupo que soubesse ou quisesse ocupar seu lugar. Quieta no meu lugar, via a regente balançando uma folha de papel e perguntando um a um quem sabia cantar o hino escrito na folha e todos diziam não. O pastor em alguns minutos cederia oportunidade ao conjunto e a regente não encontrava ali uma solista substituta. Até que a folha chegou até a mim e ela fez-me a mesma pergunta. Quando olhei a letra do louvor, sorri: “Mestre – Eyshila”.
Levantei a cabeça e disse: “Sim, eu sei cantar...”
E cantei (...)
Cantei com a minha alma, com meu sangue, cada parte de mim parecia cantar naquele dia. Quando terminei todos me olhavam com um olhar de espanto parecendo não acreditar ou acreditando não querendo acreditar. Ouvi alguns comentários: “Camila, canta?” ou “Que? Camila cantando?” e sorri, sorria...
Só tenho a agradecer a Deus por tudo, Ele havia preparado tudo, cada detalhe, a mudança de minha mãe, a amizade com Vanuza e Dheinne, enfim... Ele havia me levado para outro local para me transformar, para que quando retornasse, eu estivesse renovada. E foi assim que me tornei a solista oficial do conjunto, foi assim que não parei mais de louvar, foi assim que descobri a música em mim.

O nome correto deste louvor, na verdade, é "Posso Clamar"... Mas quando o conheci, eles o chamavam assim!
Até a Próxima   ;)